No dia 02 de março, última sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) anúncio o programa SOLITARY, que busca realizar teste com quatro fármacos no combate ao novo coronavírus SARS-CoV2 e no tratamento da COVID19.
Os fármacos proposto pela OMS já foram testados em animais no tratamento de outros coronavírus como o SARS e o MERS e apresentaram resultados satisfatórios. São eles: i. Remdesivir, ii. Cloroquina, iii. Ritonavir ou Lopinavir e iv.Interferon-beta.
Fármacos em análise
Remdesivir
Antiviral desenvolvido durante o surto de Ebola na África em 2014. Uma pesquisa das Universidades de Columbia, Vanderbilt, North Carolina-Chapel Hill e Alabama mostra que o fármaco Remdesivir evita a replicação do coronavírus nas células pulmonares em humanos.
Pontos fortes: Já foi testado em pacientes da China e está em teste na França e Estados Unidos.
Ponto fraco: Foi adiciona ao programa de medicamentos órfãos dos Estados Unidos da América. Esse programa trata de fármacos usados em doenças raras.
Cloroquina
Apresenta evidencias que combinado com o antibiótico azitromicina diminui o tempo de contágio dos infectados pelo novo coronavírus. A pesquisa contou com 30 pacientes, em que uma parcela foi tratada apenas com cloroquina, outra com a combinação dos fármacos e outra como grupo de controle.
- Conheça os dados já coletados sobre a Cloroquina clicando aqui .
Ritonavir ou Loropinavir
Ponto forte: alguns medicamentos usados contra o HIV são inibidores enzimáticos.
Pontos fracos: não apresentou resultados significativos.
Interferon-beta
O interferon-beta é atualmente usado no tratamento da hepatite C, pois auxilia a regular a inflamação do corpo (suspeita-se que os casos graves de COVID19 seja pela inflamação exagerado do organismo). O fármaco será administrado junto a antirretrovirais.
Ponto forte: Se mostrou eficaz no tratamento da MERS (síndrome respiratória aguda do Oriente Médio).
Ponte fraco: testes realizados até o momento foram feitos em células isoladas em laboratório.
Não faz parte do SOLITARY, mas se mostra promissor
Favipiravir
O fármaco favipiravir, produzido e comercializado pelo Japão como Avigan é comumente usado coo um antiviral para influenzas novos e reemergentes. O teste para coronavírus foi administrado em cerca de 200 pacientes na região de Shenzen e de Wuhan, ambos da China.
Segundo o jornal Nikkey Asian Review,no artigo "China says Japan-developed drug Avigan works against coronavirus" os pacientes em 4 dias eliminaram a carga viral, já os pacientes do grupo de controle a eliminação da carga viral demora em média 11 dias. A febre foi reduzida em 2,5 dias em comparação com 4,2 do grupo de controle, tosse também houve melhora em 4,6 dias, sendo 6 do grupo de controle.
O auxílio respiratório foi necessário para 17,1% do grupo de controle e 8,2% dos pacientes que foram administrado o favipiravir.
Os dados preliminares mostram que o fármaco atrapalha o processo de replicação do RNA viral, desta forma impede que o vírus SARS-CoV2 se reproduza nas células pulmonares humanas.
Ponto positivo: não apresenta efeitos colaterais claros.
Ponto negativo: pode causar morte ou deformidades fetais. O favipiravir ainda não apresenta registro na ANVISA, portanto não pode ser comercializado no Brasil
Referencias
OMS lança estudo global para testar 4 medicamentos contra Covid-19EUA aprovam testes com remédio contra malária para tratar Covid-19
CORONAVÍRUS: STATUS DE ‘DOENÇA RARA’ PARA TRATAMENTO PODE TORNÁ-LO CARO DEMAIS
A Trial of Lopinavir–Ritonavir in Adults Hospitalized with Severe Covid-19.
Remédio japonês Avigan tem efeito positivo em teste contra coronavírus
China says Japan-developed drug Avigan works against coronavirus