Você se lembra dos buracos que apareceram misteriosamente na Sibéria??
Esse fato aconteceu por volta de julho de 2014, e várias teoria giraram em torno desses buracos misteriosos que surgiam repentinamente de forma aleatória pelo território siberiano.
Dentre várias as que mais ganharam força foram: (1) as crateras foram feitas por meteoros há bilhares de anos e encobertos pelo gelo, (2) extraterrestre eram os responsáveis, mas o motivo ninguém sabia.
MOTIVO REAL DAS CRATERAS
Não foi meteoro, nem alienígenas os culpados, mas foram os gases. Sim, os gases, mais precisamente o metano, que geralmente são exalados por matéria orgânica em deposição.
Essa foi a conclusão quando os pesquisadores notaram que haviam, nas laterais dos buracos, montes de terras, que sinalizavam a presença de movimentos violentos de dentro para fora.
Além disso, notaram que na região próxima as crateras, o teor de metano era de 9,6% no ar, enquanto que normalmente se encontra cerca de 0,0001795%.
Alguns moradores próximos a esses gigantescos buracos relataram que viram um forte clarão e chão tremer.
Juntando esses dados a conclusão foi: o metano ficou aprisionado, em espécies de bolsões subterrâneos, que se formaram com descongelamento do solo, devido a pressão criada internamente nos bolsões, o gás foi capaz de se expandir e explodir e causar as erupções que originaram os buracos.
ENTENDA COMO OS BOLSÕES SE FORMARAM E AS CRATERAS SURGIRAM
O território em que esses buracos foram encontrados são denominados permafrost, que de forma grosseira significa solo permanentemente congelado.
Na região da Sibéria, a profundidade do permafrost pode chegar até 1 km. Por baixo dessa camada de gelo o solo pode ser rico em matéria orgânica, arenoso, ou rochoso, e por cima pode-se formar uma camada de vegetação, desde que as raízes dessas plantas consigam penetrar e encontrar água (líquida).
Embora esse tipo de região seja permanentemente congelada, há animais que também a habitam, e como tudo que nasce, um dia morre. Os restos mortais desses animais e plantas ao entrarem em decomposição emitem gases de efeito estuda, como dióxido de carbono e metano, que dependendo da época do ano os corpos não são congelados mas seus gases aprisionados. Isso vem acontecendo a milhares de anos, então imagina a quantidade de gases retidas ali?!
Em média, durante o ano, cerca de 50 cm à 4 metros ( em profundidade) da camada superfícial do permafrost sobre desgelo e congela novamente, contudo devido ao aquecimento global a taxa de descongelamento tem aumentado.
Durante o congelamento, o metano e água se unem, formando o hidrato de metano, que é estável em baixas temperaturas e alta pressão, com o aumento da temperatura, a água se separa do metano, reduzindo a pressão sob o gás. Consequentemente, com verões mais quentes, o gás aprisionado pelas camadas de gelo são liberados, em um forte injeção, devido ao degelo.
Referencias:
http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/metano-pode-ter-causado-cratera-misteriosa-na-siberia
http://hypescience.com/como-surgiram-os-buracos-misteriosos-da-siberia/
http://hypescience.com/muitas-outras-crateras-gigantes-estao-aparecendo-na-siberia/
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/05/120521_artico_metano_pai.shtml
http://www.infoescola.com/geografia/permafrost/
http://www.revistaplaneta.com.br/a-caixa-preta-do-permafrost/
http://misteriosdomundo.org/crateras-siberia/